sexta-feira, 10 de maio de 2013

Origem da Cidade de Água Comprida


Origem da Cidade de Água Comprida

Origem do nome de Água Comprida segundo alguns pesquisadores foi a chamada desta forma devido um espaço e demora de grandeza  arrazoada que chamam de maré, apartada da terra firma de meia légua, com uma légua talvez de Água  Comprida a qual anteriormente tinha como seu Centro de Cotegipe, o qual tem sua  essência assentada no braço do mar, denominada no século XVII por rio, cuja foi  adentrada e batizada por alguns holandeses  em 1927, cujos registro históricos  mostram que nos idos de 1599,  já eram constante  a presença  dosa povos holandeses nas terras da Bahia, principalmente na área de maior desenvolvimento econômico, os quais cercavam São Miguel e Cotegipe, devido terem grande interesse nos engenhos; pois foi em Cotegipe que deu  início ao ciclo de cana-de-açúcar, lá existia grande concentração de engenhos, época do Brasil colonial.

                                        SIMÕES  FILHO, FUNDADOR DO JORNAL A TARDE EM 1912

Ernesto Simões da Silva Freitas Filho, mais conhecido como Simões Filho (Cachoeira4 de outubro de 1886 — Rio de Janeiro24 de novembro de 1957), foi um político, jornalista e empresário brasileiro, foi ministro da Educação e fundador do jornal "A Tarde". Em sua homenagem foi denominado o município baiano de Simões Filho (conhecido anteriormente como distrito de Água Comprida do município de Salvador).
FONTE:https://pt.wikipedia.org/wiki/Ernesto_Sim%C3%B5es_Filho

Brasão de Simões Filho

História do Brasão
Símbolo da nossa identidade, o Brasão das Armas do Município de Simões Filho, foi criado em 13 de maio de 1963, época em que tínhamos Cícero Simões como prefeito municipal e Amphilóphio Bandeira Carvalho como seu Secretário, pela Lei n°1 de 13 de maio de 1933 e é constituído por:
  • a) Escudo de prata, em leão rompante, de preto lampassado e armado de vermelho, gojetado de ouro, segurando na dextra uma espada flamejante;
  • b) Insígnias: Municipais, coroa mural de quatro torres de prata;
  • c) Lema: "Ângelus Pacis" de prata num listel preto.
BANDEIRA DE SIMÕES FILHO




BANDEIRA DA BAHIA , BRASIL E SIMÕES FILHO

Hino da Cidade de Simões Filho

Letra por Fabio Temeson
Melodia Por Adalto Benedito



Sobre os campos de verdes pastagens
És grandeza de raro fulgor
Vai além de teus feitos o teu nome
Simões Filho cidade esplendor...

Os teus campos de verdes riquezas
Tuas indústrias de nobre progresso
O teu povo de raça e esperança
És o orgulho da nossa nação...

Terra bendita de céu estrelado
Ergues teu brado a bandeira empunha
Com sangue e trabalho, escreves tua história
Simões Filho és formosa, mais amada do Brasil...

Entre outras de glória ofuscada
Com teu brilho a grandeza conduz
No presente o futuro vislumbra
Simões Filho, cidade de luz...

REFRÃO
Os teus campos de verdes riquezas
Tuas indústrias de nobre progresso
O teu povo de raça e esperança
És o orgulho de nossa nação...



Os primeiros prefeitos de Simões Filho




WALTER ARAGÃO DE SOUZA
PERÍODOS: 1973 A 1976


JOÃO FILGUEIRAS SIMÕES FILHO
NOMEADO NO PERÍODO: 1975 A 1985


EDUARDO SANTANA SIMÕES
PERÍODO: 1986 A 08/12/1988 (ELEITO)


EDSON ALMEIDA DE JESUS
PERÍODOS: 1996 A 2000 E 2005 A 2008


CÍCERO SIMÕES DA SILVA FREITAS
PERÍODO: 1963 A 1966


ADOLFO CEZIMBRA TAVARES NETTO
PERÍODO: 09/12/1988 A 31/12/1988


BERLINDO MAMEDE DE OLIVEIRA
PERÍODO: 1971 A 1972 / 1989 A 1992

NOÊMIA MEIRELLES RAMOS
PERÍODO: 1967 A 1970


JOSÉ EDUARDO MENDONÇA DE ALENCAR
PERÍODO: 1992 A 1996 / 2001 A 2004
2009 A ______




ESTES DADOS SOBRE OS PREFEITOS FOI FORNECIDO PELA PEDAGOGA CLEIDIANE BARBOSA.



Secretários e Secretarias da Educação de Simões Filho

O prefeito Eduardo Alencar empossou nesta segunda-feira (02), Jorge Sales como o novo secretário de educação do município. O ato aconteceu na sede da Prefeitura e contou com a presença da até então Secretária Verônica Anatólio, do vice-prefeito Manuel Almeida, dos secretários municipais, vereadores, da Presidente do Conselho Municipal de Educação (CME) Joanita Alcântara e da Presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) Lindinalva Oliveira.
Jorge Sales que durante dois anos esteve à frente da Secretaria de Cultura vai continuar respondendo interinamente pela pasta. No entanto, o secretário já deu inicio aos trabalhos pela Secretaria e Educação, realizando o mapeamento das atividades.

 “Estou muito feliz com a missão de dar continuidade à gestão que já vem sendo executada dentro da Secretaria de Educação. Quero agradecer a confiança do Prefeito Eduardo Alencar, o acolhimento de toda a população simõesfilhense, da minha amiga Verônica, aos funcionários da educação e a equipe da Secretaria de Cultura que muito contribui com a realização das nossas tarefas”, comentou Jorge.

Mariza Pimentel



Vera De Albuquerque Buri

Veronica entregando o cargo a Jorge Sales, Prefeito Alencar e Vice Prefeito Neco


Formação do povo Simõesfilhense

Desde o século XVI, o colonizador português conviveu no Brasil como nativo da terra da qual se apossaram e com povos África trazidos para trabalharem como escravos em nosso país e a cidade de Simões Filho também não deixou de ser uma cidade em que o colonizador viesse e não deixasse as sua contribuições para a formação do povo simõesfilhense.
A comunidade Simõesfilhense surgiu a partir da reunião de três povos, o índio, o português e o africano. Estes  povos possuía línguas, religiões, e comportamentos diferentes. Com a mistura dos hábitos e costumes, deu-se a origem da formação de diversos padrões culturais.
O Brasil antes era uma terra distinta e selvagem, onde só habitava os povos indígenas. Com a colonização do povo europeu, e com a vinda dos negros formou-se hoje a nação brasileira miscigenada, com novos valores culturais, morais, religiosos, étnicos. Esta mistura deu origem ao que nós podemos chamar de pardo, moreno, mameluco e caboclo.
No entanto, esses novos valores culturais, morais, religiosos, éticos e étnicos se difundiram de forma  preconceituosa pelos europeus, que só reconheciam como estilos de vida próprios. A valorização da formação  do povo de Simões Filho acontece  de forma  miscigenada  do povo brasileiro pelos povos  europeus , indígenas, e principalmente negros.
Nesta fusão cultural podemos perceber na vida social, política, econômica, religiosa e cultural de cada brasileiro, como afirma os autores SANTOS (1975), na situação abaixo.
‘‘O Brasil é um país afro-luso-americano. Americano devido a sua  situação e a sua população indígena; lusitano, pó ter sido colonizado pelos portugueses; e africano não somente   pelo fato da nação brasileira ser formada pelo trabalho  dos negros escravos, mas  como também devido eles constituírem historicamente a formação da população mais densa nas grandes pequenas cidades, nas plantações  e nos setores de extração mineral, elemento base a partir do qual se multiplicou toda população brasileira,  profundamente marcada pelos hábitos, costumes, religião e tradições...’’ (Segundo, SANTOS, 1975, p.26)

No plano cultural, destacam-se notáveis contribuições dos negros no campo da religiosidade, na arte visual, na dança, na música, na arquitetura etc.
No plano de língua, os africanos introduziram um vocabulário desconhecido no português original  e que faz hoje parte de falar brasileiro. Muitas palavras das línguas africanas são cotidianamente utilizadas pelos brasileiros, sem consciência de que são palavras africanas aportuguesadas. Por exemplo: acarajé, afoxé,  agogô, angu, axé, bagunça,  berimbau, caçamba,  caçula, cafuné, candomblé, canjica, caruru, jiló, moqueca, marimbondo, Oxalá, quitanda, quiabo, sacana, samba, senzala, tanga, vatapá, xereca, xoxota, zonzo, Zumbi.
Arte e identidade cultural de um agrupamento humano se confundem, É impossível conhecer o que é uma comunidade, o que sentem e pensam as pessoas que formaram q que nela habitam, sem conhecer a sua arte.
O  bairro  do Ponto Parada por ser um dos mais antigos da cidade de Simões Filho, deveria ter registros sobre a formação sócio e econômica  e cultural, mas infelizmente quase que não se tem registro a respeito e respeito do seu processo sócio, econômico e cultural, E sua história está ficando cada vez mais restrita  a geração de hoje, devido  ao crescimento de religiões protestantes e também pelo falecimento dos primeiros  moradores  que contribuíram na formação da cultura local e ao descaso dos órgãos competentes.
Ponto  de Parada servia como via de acesso principalmente para motoristas que vinham de Salvador, Candeias, Camaçari, São Sebastião, Alagoinhas, Dias D’Ávila, dentro outras, pois lá havia um posto de gasolina, onde os motoristas abasteciam os seus carros. Para ter acesso ao posto, o motorista teria que subir uma ladeira, porque era o lugar mais próximo para abastecer o carro. O bairro se destaca também por ser um local próximo de muitas indústrias como: a antiga SIBRA, que hoje é a RDM, a antiga Cavan, que fornecia postes, a Cerâmica Senhor do Bonfim, também por ser de fácil acesso à BR 324.
Por volta de 1960, inicia o processo de migração da classe operária que saiam de outras cidades para procurarem emprego nas indústrias mais próximas  do bairro e localidades vizinhas.
Muitos desses operários como tinham traquejo com a agricultura, invadiram as terras para morar e ao mesmo tempo para tirar seu sustento.
Mas no ano de 1965 o exercito se manifesta para fazer a retirada daquelas pessoas daquela localidade-bairro do Ponto de Parada. Todavia a união do povo conseguiu  convencer as Forças Armadas aos deixarem morando no local. A razão da intervenção do exercito foi por ser uma fazenda agro-pecuária, pertencente ao Governo do Estado.
Só não foi possível o exercito fazer o despejo daquelas pessoas porque muitas daquelas pessoas não tinham para onde ir. E se constituir a primeira reforma agrária do bairro.

A Cultura do Povo Simõesfilhense

A história de Simões Filho-BA e em especial Ponto Parada revela seu potencialmente, uma vez  que já fez parte de uma fazenda  do tempo colonial, cuja  mão de obra era escrava. Havia também a presença dos índios tupinambás, que segundo os moradores mais antigos, esses índios Tupinambás, que segundo os moradores mais antigos, esses índios faziam sepultamento do seu povo em um cemitério clandestino, onde hoje fica o Colégio Dr. Berlindo Mamede de Oliveira, porém não há um registro oficial constatando  a presença desses antigo cemitério indígena, que antes de ser a atual escola, já serviu de moradia. Como em alguns bairros da cidade de Candeias, há presença de alguns monumentos arquitetônicos do período  colonial, como  por exemplo: o museu  do Recôncavo  ‘Wanderley Pinho’ instalado pelo  Governo da Bahia no Engenho da Freguesia e reinaugurado em 1971, reúne a apresenta o que mais relevante  se pode recolher  da história  econômica, social, política e religiosa do recôncavo baiano que fica  a 35Km de Salvador: a igreja Nossa Senhora de Nazaré do período colonial em Passagem  dos Teixeira, que até hoje existe. Não se deu o mesmo em Simões Filho, pois no bairro do Ponto Parada  já teve engenhos de cana de açúcar, casa da farinha e currais dos fazendeiros, no entanto nada disso é oficial, a única coisa que se tem dessa época, é  a ruína da primeira Igreja de São Miguel de Cotegipe, que vem sendo destruída pela ação do tempo, e nenhuma providência está sendo tomada pelos órgãos competentes.
Durante todo o processo de formação, as pessoas foram interagindo uma com outra e assim, desenvolveram aos poucos os bairros.
Primeiro não tinha ruas organizadas, água encanada e nem energia, tampouco serviço de saneamento básico. As ruas eram puro mato, não tinha nem asfalto e nem calçamento, só por volta de 1980 foram calçadas.
No bairro do Ponto Parada as pessoas pegavam água para beber na Fonte do Pasto que era na rua do Corre Nu, hoje Rua Floriano Peixoto, ou então iam buscar água na bica próximo a BR 324, onde  chamavam de Pau-da-Cesta. As pessoas   acordavam de madrugada para carregar água numa lata na cabeça para encher tonéis, bacias e barris, usavam esta água para cozinhar, lavar pratos e tomar banho. As roupas eram lavadas na fonte, ali as mulheres cantavam, lavavam as roupas com folhas de juá, botavam para quarar até  ficarem bem alvas e cheirosas, depois enchiam suas  bacias de roupas lavadas e iam para casa estendê-las. Tinha uma senhora chamada D. Nô, que acordava todo  mundo cedo  para as pessoas encherem os seus tonéis cedo  para não tomar sol na cabeça.
As pessoas eram muito pobres, moravam em casas de taipas ou de tábuas, cozinhavam em fogão a lenha. O chão não tinha piso e nem tampouco era de cimento, havia umas pessoas  que moravam em casas de palhas, não haviam sanitários nas casas, o que tinha era o chamado cagador ou latrina. Em vez de muros, usava-se a cerca de madeira e arame farpado. Os quintais eram grandes e bem aproveitados, com arvores e plantações  de hortaliças, milho, aipim e feijão. Não tinha serviço de assistência médica, mercadinhos, farmácias, igrejas e outros.
Era um bairro que a convivência entre as pessoas eram muito boa, mas sem a disponibilidade de muitos recursos, as pessoas tentavam unir ao agradável. A maioria  dos pais de famílias que veio para este bairro, eram de outras cidades circunvizinhas: Catu, alagoinhas, Pojuca, São  Sebastião, etc.
Muitas vinham na esperança de trabalhar na ETERNIT, SIBRA, POLO PETROQUIMICO, CHESF e  CAVAN. E a partir daí, muitos deles deixaram a vida de agricultor, lavrador para ser operários. Hoje muitos que moravam em casa de palhas, tábuas e taipas conseguiram construir boas casas a se enquadrar na classe media alta, tendo uma melhor qualidade de vida.
Por ser um bairro centralizado, que facilita a intermediação  de acesso a outros bairros, favoreceu-se o desenvolvimento  sócio econômico  e cultural. Nele atualmente podemos  encontrar uma rede de mini-comércio, que vão do ensino infantil ao ensino médio, posto  de saúde, junta de alistamento militar, delegacia, companhia de policia, creche escola, associações de moradores, igrejas evangélicas e católicas,  casas de candomblé, agências de revelação fotográficas, oficina mecânica, lan-houses, cemitério, oficinas eletrônicas, salão de beleza, farmácia, ruas pavimentadas, serviços de saneamento básico, energia elétrica, água encanada, rede de esgoto sanitário, agencia bancaria, etc.
Quanto aos processos de evolução cultural  o que tínhamos antes eram festas religiosas como: as Lapinhas, Natal, Ano Novo, reza de Reis, Carreatas Carnaval, São Jose, primeiro de Abril, Semana Santa, Páscoa, Queima de Judas, e brincadeiras como: cabra cega, pau-de-sebo, quebra-pote, as festas juninas, festa da viúva.
Podemos dizer que a influencia dos africanos aqui no Ponto de Parada, teve grande contribuição para a formação da cultura dos povos que nele habilitam. Hoje é possível percebemos essas influências na comida, nas danças, nas festas populares, nas  produções de artes visuais e manuais, assim como  na forte presença do candomblé, capoeira, musicas, confecções de bebidas, modo de vida e de vestir-se, etc. Para tanto na arte os africanos deixaram sua marcas nas figas de madeira, nos objetos de ferro, nos instrumentos musicais como tambores, cuíca, o berimbau. Na musica e dança, eles introduziram os congados, coso, jongo, macule lê, maracatu, bumba-meu-boi, destacando-se o samba, um dos gêneros  musicais populares mais conhecidos que constitui uma das facetas da identidade cultural brasileira.
Outra forte marca que caracteriza o povo da cidade de Simões Filho  como afro-descendentes são os cabelos. Pois as pessoas possuem cabelos  crespos, encaracolados e que possibilita penteados exóticos como tranças e cortes com desenhos caracterizando alguma figura.
Ao observamos senhores, jovens e crianças detectamos o quanto são criativos  e inovadores nas produções artísticas  e culturais, mesmo sem muitos recursos. Eles conseguem monta uma banda de percussão com latas de tintas, de leite e de óleo e constroem brinquedos com material reciclável. Também organizam festas populares  com banda de pagode, de arrocha; desfile folclóricos, lavagens, samba de viola, samba de roda , capoeira, macule lê e outras, sem saber que estas são as verdadeiras marcas de nossas origens, as quais denotam a nossa verdadeira identidade cultural afro-descendente.
Umas das principais atividades de lazer eram as festas profanas, como as lavagens populares deu-se em razão da presença dos cultos africanos nas festas católicas baianas, principalmente nas de Sr. Do Bonfim, Conceição da Praia e Santa Barbara. Nessas festas, mães-de-santo e fiéis dos cultos candomblés, dançam e cantam no estilo africano, lavando as escadarias e adros das igrejas, com a participação do povo. Para tanto, o povo já distingue muito que é católico e o que é afro-brasileiro, nas festas religiosas e populares da Bahia.
A idéias de se fazer a lavagem do bairro do Ponto de Parada, em Simões Filho-Ba, deu-se a partir do momento e que muito dos nossos moradores, já conheciam e freqüentavam a lavagem da Igreja do Bonfim. Logo como grande parte dos moradores  por serem afro-descendentes sentiram necessidade de também colocar em pratica estas manifestações no bairro do Ponto de Parada. No entanto por volta de 1979 surge a primeira lavagem neste bairro, sob a organização  do grupo Afoxé Xetuá com a banda Help Samba que tinha como principais integrantes: Valdeck, Gildásio, finado Capina, Adilson, Ananias, Vadinho, Zezinho, Pistola, Milton e outros e tinha como figurinista Marli e coordenadora do evento Dona Nilza.
Os ensaios eram realizados num galpão construído no terreno cedido por Dona Nilza. O galpão era confeccionado  com bambu e palhas de coqueiros, onde todos os finais de semana o grupo fazia ensaio do repertorio com a participação da comunidade e adjacências.
Porém quando chegava o dia da micareta da cidade, os membros se organizavam de frente a casa de Dona Nilza, num caminhão todo enfeitada de palhas de dendê, coqueiro, alicuri, onde na carroceria colocava-se os instrumentos de percussão com os seus respectivos músicos e vocálicas e em volta do caminhão uma corda envolvendo os cordeiros e os membros do bloco Afoxé Xetuá e fazer arrastão até o centro de Simões Filho para acompanhar a micareta. O grupo possuía dois tipos de roupas para variar nas apresentações.
A Banda Mahatma foi a segunda a realizar as lavagens no bairro do Ponto de Parada, assim como em outros bairros da cidade de Simões Filho-BA, esta banda era dirigida pelo falecido Sr. Ednaldo (compositor, musico e presidente do grupo), no ano de 1987 também aproveitou do ensejo  para a realização de arrastão com  seus músicos, os quais mobilizam todo  bairro com danças e musicas afro, também por falta de recursos financeiros tiveram que desfazer-se das realizações.
Hoje a cultura das lavagens retornou a mais ou menos 5 anos atrás, sob a organização da banda tradição do Samba, onde se deslocam da rua do condomínio João Figueiras Simões sob a animação da banda de pagode Tradição de Samba num mini-trio, trazendo atrás do mesmo uma multidão de baianos, além de toa comunidade Simõesfilhense.
Ao chegar na praça Rivanda Almeida, as crianças, jovens e adultos desfrutam do banho de mangueira do carro pipa ao som de inúmeras  bandas. A lavagem acontece dentre os meses de janeiro e fevereiro de cada ano. A comissão organizadora (Dahora, Peri,Gilma,Adriana,Dona Bete, Potíria) aproveita para comemorar o aniversário da banda de samba.
No  entanto na cidade de Simões Filho também pode-se contar com outras lavagens as quais acontecem em outros bairros como: Gões Calmon, Pitanginha, Cia, Santa Luzia, Pitanga de Palmares, assim como a festa dos pescadores que é realizada no bairro de Mapele. Além de outras manifestações populares como a Parada Gay quem também acontece todos os anos.

Religiosidade

No Brasil, assim como na cidade de Simões Filho-BA os padres jesuítas introduziram novos costumes, principalmente entre os indígenas das comunidades que esses padres organizavam. Eles contribuíram com os hábitos de rezar e se confessar e sendo assim alguns índios foram obrigados aderir a novos hábitos sócias como usar roupas, casar, falar o português e quanto aos africanos que os mesmo traziam com eles, também sofriam da mesmo forma que os índios que nesta Cidade habitavam. Para os portugueses as línguas faladas pelos índios e povos eram obrigados a falar português, pois eles Tinha interesse em converte os índios e africanos para praticarem o catolicismo. Logo, Índios e africanos não se rederam facilmente aos portugueses, mesmo sendo escravizado não cederam a esses novos Hábitos e costumes. Muitos conseguiram preserva seus cultos secretos, sendo que os povos africanos falaram em dialetos da África como iorubá entre os outros e os índios costumavam falar em Tupi. Hoje já não podemos cultuar a prática efetiva das religiosidades indígenas por não mais predominar devido extinção da etnia, porém o Candomblé ainda tem sido presente na vida de algumas pessoas, assim como a Catolicismo, o Protestantismo, etc.
A religião é um fato importante para a compreensão da cultura de um povo. Na Bahia as condições históricas fizeram com que o Catolicismo fosse a religião dominante, ocupando papel de destaque na vida política, social, educacional e moral do nosso povo.
Através de festas religiosas, irmandade e igrejas, o Catolicismo ocupou o centro da vida social da nossa terra.
As religiões trazidas pelos africanos apesar das perseguições e do respeito como foram tratada, conseguiram sobreviver e demonstrar sua força nas manifestações de religiosidade dos baianos negros, branco ou mestiço, ricos e pobres. A parti do fim do sec. XIX, as condições históricas permitiram a instalação de outros grupos religiosos na Bahia, a exemplos dos protestantes e dos espíritas.
Atualmente a sociedade garante a todos os cidadãos a liberdade para escolher sua religião.
O escravizado negro cantou e dançou publicamente nos dias permitidos  pelos senhores, ou secretamente no meio de mato. Cantava e dançava para cultuar seus orixás e aliviar a angústia do cativeiro. Os negros gostavam tanto de dançar que até mesmo atrás das procissões, acompanhavam os cantos católicos com balanços de corpo. Dá para percebe a preferência do baiano pelo samba, pela roda de samba, pelo carnaval? Então aqui algumas das explicações para facilidade com que a batucada aprece em qualquer festividade popular da nossa terra. As musicas africanas eram sobre tudo rituais, ou seja músicas dedicadas ao culto dos orixás, da mesma forma que as danças. Cada orixá tem sua música e sua dança especial.
As festas populares sugiram a parti de cultos africanos nas festas  católicas baianas, principalmente nas de Senhor do Bonfim, Conceição da Praia e Santa Barbara. Nessas festas, mães de santo e fieis dos cultos de candomblé dançam e catam no estilo africano, lavando as escadarias e adros das igrejas, com a participação do povo.
No Brasil algumas tradições religiosas de matiz africanas tornaram-se mais destacadas do que outras. Como não podemos falar de todas elas vamos refletir um pouco sobre o candomblé.

“...Segundo Prandi, o Candomblé é uma religião que afirma o mundo, reorganiza seus valores e também reveste de estima muitas das coisas que outras religiões consideram más: por exemplo, por dinheiro, os prazeres,(inclusive  as da carne), o sucesso, a dominação e o poder. O iniciado não  tem que internalizar valores diferentes daqueles do mundo em que vive. Ele aprende os ritos  que tornam a vida neste mundo mas fácil e segura, plena de possibilidades, de bem-estar e prazer. O seguidor do candomblé propicia os deuses na constante procura do melhor equilíbrio possível (ainda que o temporário) entre aquilo que ele é  e tem e aquilo que ele gostaria de ser e ter nesta procura, é fundamental que o iniciado confie cegamente  em sua mãe-de-santo. Guiado por ela, o fiel aprende, anos após ano, a partir cada umas das formulas iniciativas necessárias à manipulação da força sagrada da natureza, o axé...’’(PRANDI nº28,p.64-83,dez,fev.1996).


Setores Econômicos

A Bahia, primeiro estado brasileiro a produzir petróleo, em 12 de janeiro de 1939, benefícios grandemente com esse fato, o que possibilitou maior circulação de recursos e de dinheiro. Com influência de Mão de obra qualificada, favorece o recebimento de bons salários, permitindo maior poder de compras o que influenciou no comercio de Salvador e de cidades do recôncavo a influencia de capital externo resultou na organização de instalação da Petrobrás no município de Madre de Deus no ano de 1953, depois no ano de 1970, foram instalados dois Centro Industriais importantes: o Centro Industrial de Aratu em Simões Filho e o Pólo Petroquímico em Camaçari. Toda via, problemas sociais se estalaram resultantes da questão das indenizações das propriedades rurais do choque entre economia industrial. Quando ao problema ecológico estão a depender da atenção das autoridades competentes que tem obrigação de preservar a natureza contra o prejuízo do avanço industrial.
A cidade de Simões Filho-BA contribuiu para o desenvolvimento sócio, econômico e cultural da Bahia e do Brasil não só na parte rural como na plantação de mandioca, milho, feijão, cana-de-açúcar; mineiro para produção de cimento e ferro; centro industrial de Aratu que foi projetado ao mesmo tempo em que foi o centro industrial de Aratu, esse recebe mercadorias que se destinam ao quarto industrial e escoa praticamente todo volume de substâncias solidas, líquidas e gasosas processada pelo Pólo Petroquímico de Camaçari. Por tudo isso o porto de Aratu vem desempenhando um importante papel no desenvolvimento econômico do nosso estado nessa fusão sócio econômica, política e cultural podemos dizer que segundo, SANTOS (1975):
“...O Brasil é um país afro-luso-americano, Americano, evidentemente, por sua situação geográfica e sua população indígena; lusitano, por ter sido colonizado pelos portugueses; e africano, não só porque a nação brasileira ser formada pelo trabalho dos negros escravos como também porque eles constituíram historicamente o elemento da população mais denso nas grandes e pequenas cidades, nas plantações e nos setores de extração mineral, elemento-base a partir do qual se multiplicou a população do Brasil, profundamente marcada por seus hábitos e costumes, sua religião e suas tradições. (segundo Santos,1975, p.26).
Em Simões Filho-BA o setor econômico que mais se destaca é o industrial pelo fato de ser localizado em uma grande área industrial (Cia Centro Industrial de Aratu). Porém não podemos deixar de afirmar que o setor primário também tem sido um dos mais importantes devido ser um lugar extenso cujo explorado a pesca, a caça, o extrativismo mineral como a pedra onde são produzidas o cimento e o ferro agricultura ode são cultivadas grande plantações de cana de açúcar, feijão, milho, mandioca, cacau, café, dendê, goiaba, abacate, laranja, maracujá, jaca, aipim, mamão, manga, caju, acerola, piaçava e outros. As pessoas produzem artesanatos, vassouras e outros com o cultivo da piaçava nos bairros de Góes Calmon e Pitanga de Palmares. Por tanto, Simões Filho-BA possui bom destaques nos três setores: primário, secundário e terciário.
A pecuária na cidade de Simões Filho-Ba, era uma das principais atividades, onde cultivava o gado bovino, logo em sua fase inicial hoje as pessoas cultivam gado bovino, suíno, caprino além da criação de aves e peixes. Logo apesar do pequeno cultivo da pecuária temos um lugar específicos para a  venda de animais, situado ao lado do centro de Simões Filho-BA, cujo é o chamado como a feira de animais.
Os lugares que se destacam com a pesca são Mapele e Cotegipe pós encontram-se nestas localidades os manguezais que são viveiros de caranguejo, siris, ostras, aratus,  e outros.
Porém, a pesca de peixes geralmente é realizadas nos rios: Rio Joanes, Riacho São Miguel, Riacho Cantagalo, Rio Ipitanga, Rio Cururipe, Rio do Macaco, Riacho Jácaranga, Rio Itamboata, Rio Muriqueira, Rio Ibiriçu.

Turismo de Simões Filho

Atualmente o turismo de Simões Filho-Ba é muito fraco por não oferecer grandes atrativos á população, devido os governantes não fazer investimentos nos espaços públicos existentes:
Igrejas, mananciais como a cachoeira do Lobão, rios e riachos, repartições públicas monumentos histórico como esculturas, bustos, praças, passarelas, escadarias, museus, clubes, bares, e restaurantes, dentre outros.
Muitas pessoas quando se pré dispõe vir a cidade de Simões Filho-BA não tem muito que apreciar a penas poderão ver poucas coisas  que lhe servirão de conhecimento sócio histórico, econômico, religioso e cultural para poder significar  um pouco a história do lugar situando se tempo e no espaço. Muitos admiram alguma obrar escultóricas, bustos, esculturas, que simbolizam a arte moderna da cidade poderão também apreciar as ruínas da Matriz de São Miguel de Cotegipe situada no Dambi as margens da Bahia de todos os Santos, erguida em 1608 pelo bispo do Brasil D. Constantino Barradas, como também a Capela de São Miguel construída a fim de substituir a matriz que foi arruinada em Cotegipe com o Centro Comunitário de Cotegipe construída pelo Padre Emilio Feliz Wagner na década de 70, obras arquitetônicas, tais que aparecem abaixo:


A vida na Cidade de Simões Filho

A vida na cidade de Simões Filho-Ba, apesar de ter se desenvolvido um pouco, ainda precisa de maiores melhorias.
Hoje oferece pouco lazer para os moradores, de se divertirem, apenas o que a cidade tem como lazer são algumas pizzarias, bares, restaurantes, assim como o Tanque do Coronel, Cachoeira do Lobão, a Fundação Terra Mirim, a Praça Noêmia Meireles Ramos que dispõe de Parques Infantis, e também as Quadras Poliesportivos, além de algumas manifestações culturais que acontecem algumas vezes nas praças publicas como as festas profanas e evangélicas e alguns pequenos clubes quando contratam algumas bandas para realização de apresentação diversas.
Na cidade de Simões Filho-BA temos alguns estabelecimentos comerciais  de pequenos porte como: papelaria, padarias, supermercados, lojas diversas, farmácias, cujas servem como meio de sobrevivência para muitas pessoas que residem no lugar e nelas trabalham.
Podemos dizer que ela não é uma cidade tranquila, pois apresenta atualmente grande índice de violência, o desrespeito do ser humano por seus semelhantes causado pelo caos que muito, vivem devido a miséria.
Existe também a má qualidade de vida por causa do elevado índice de desemprego, falta de escolarização que vem levando vários jovens ao consumo de drogas, marginalização e criminalidade.
Nos bancos, repartições pública e postos de saúde são comuns as longas filas de espera devido a escassez de profissionais qualificados para atender a demanda do mercado.
Grande parte da cidade é prejudicada pelo excesso de poluição sonora e do ar que levam inúmeras crianças, jovens e adultos a problemas sérios de saúde auditiva.

Serviço de Coleta de Lixo

O serviço  de coleta de lixo é continuo, porém ainda precisa ser melhorado, pois muitas pessoas jogam lixo de suas casas nas ruas devido não existir punição por parte dos órgãos competentes, aonde vem causando muitos problemas como a proliferação do mosquito da dengue, pernilongos, ratos e baratas.

Os Transportes

Na década de 1960 em Simões Filho-BA, os meios de transportes mais usados eram animais de carga (burro, égua, ou cavalo), e transporte coletivo como: Trem e ônibus.
E algumas pessoas por não dispor de melhores condições de ou então a pé para poder se descolorarem para localidades.
Em Simões Filho-Ba houve a expansão do sistema de transporte coletivo a partir de 1980, como o aumento da disponibilização de veículos por parte da empresa VSA que transporte as pessoas de Simões Filho-BA para a capital de Salvador, então com esta melhoria do transporte ferroviário passou a transportar cargas por volta de 1979.
A maior parte da população sofre nos meios de transportes coletivos, devido a incidência de estar sempre lotados, onde são frequentes empurrões, vir de pé e nem mesmo crianças e idosos são respeitados.

Saúde Pública

         Atualmente estamos vivendo num período de muita epidemias e endemias, pois desde de janeiro de 2015 que a população simõesfilhense e demais regiões metropolitanas vem sofrendo com as doenças virais como: a Chikugunya, Zica vírus, Day e Guilliam Barrê, além de fortes gripes, diabetes, hipertensão enxaços nas articulações com dores profundas, febre, dores de cabeça, impolaçao no corpo, coceira no corpo inteiro ,enjoo, vômito, ardência nos olhos ,diarréias.
         Diante destas epidemias e endemias a secretaria de saúde não tem tomado nenhuma providencia para combater o foco do mosquito da dengue o Aeds Egypite .Antes pelo menos usavam o fumacê para fazer a pulverização nos bairros, além das visitas constantes dos agentes de saúde, hoje já não mais presenciamos mais estas ações.
         Todos estamos precisando de maiores assistências na saúde pública , as autoridades devem agir com mais eficácias no combate as doenças. O povo sente falta de uma assistência médica de qualidade.
          Tem muitas pessoas carentes morrendo por falta de uma saúde pública de qualidade, ultimamente a saúde pública tem ficado muito a desejar, não por falta de recursos ,mas pelo descaso das autoridades.